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Cão da Serra da Estrela de pêlo curto

Foto: Teresa Azevedo Gomes

O Cão da Serra da Estrela surgiu há muitos séculos para proteger rebanhos dos lobos. Agora,  é usado também para prevenir a extinção do Lobo Ibérico.

É ao seu ancestral inimigo, o Lobo Ibérico, que o Cão da Serra da Estrela deve a sua existência. Desde o início da prática da pastorícia no território português, em tempos remotos, foi necessário dotar os rebanhos da protecção de cães de grande porte, coragem e agilidade, por forma a minimizar os efeitos devastadores dos ataques dos lobos, que dizimavam muitas cabeças de gado, acarretando importantes prejuízos para os proprietários dos rebanhos.

No século passado, com o abandono do campo e da actividade pastoril e com a drástica redução do efectivo de lobos no país, mortos por pastores e donos de gado, a função tradicional do Cão da Serra da Estrela esvaziou-se e a raça atravessou maus tempos, raiando, como o seu inimigo, o perigo de extinção. Enquanto a variedade de pêlo comprido se popularizou sobretudo a partir da década de 1980, a de pêlo curto mantém-se ainda ameaçada, sobrevivendo por acção de alguns criadores abnegados, de pastores e da associação Grupo Lobo - a qual, desde 1996, com o seu programa "Cães de gado", tem colocado muitos exemplares desta variedade em rebanhos do Norte do país, procurando minimizar os danos provocados por lobos, como parte crucial da sua estratégia de conservação do Lobo Ibérico.

Rebanho na Serra da Estrela

Foto: Manuela Paraíso

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